sábado, 12 de outubro de 2013

Veículos devem ser vistoriados para transportar crianças




Segurança é uma das maiores preocupações dos pais com seus filhos. Em início de ano, já é necessário começar a pensar nas necessidades do período escolar. Uma delas é o transporte. Na hora de contratar a van escolar, é necessário observar se o veículo usado passou por vistoria. A medida é uma exigência do Código de Trânsito Brasileiro que visa prevenir acidentes.

Durante a vistoria, são analisados itens como o correto funcionamento dos freios, Pneus e higiene do veículo, se o veículo possui tacógrafo, todos os cintos e luzes de segurança, faixa escolar em toda a lateral e traseira e limitador de abertura dos vidros.

A inspeção deve ser feita semestralmente. Quando é encontrada alguma irregularidade, o proprietário recebe um relatório e tem 30 dias para regularizar o veículo, não podendo trafegar com o veículo até a confirmação da regularização.

Em outubro de 2012, uma criança de três anos morreu quando seguia em uma van escolar para a creche em Poços de Caldas (MG). O motorista perdeu o controle do veículo quando o pneu furou, e capotou várias vezes. O menino, que não usava o cinto, foi arremessado para fora do veículo e não resistiu aos ferimentos.

Em toda a região de Poços de Caldas há apenas uma empresa especializada para fazer a vistoria, o Ceitec (centro de inspeção) credenciado pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia e Normalização e Qualidade Industrial). Para fazer a vistoria na cidade, os motoristas precisam ir até a prefeitura e pedir um requerimento, anexando os documentos pessoais solicitados pelo órgão.

A vistoria é feita e encaminhada ao Demutran (Departamento Municipal de Trânsito), que emite um certificado autorizando o veículo a trafegar transportando estudantes.

Reajuste nas multas garante redução de 20% das infrações na Rússia


Reajuste das multas


Os novos valores das multas de trânsito que vigoram na Rússia desde 1º de setembro desse ano já resultaram na diminuição de infrações em 20% por todo o país, informou nesta quarta-feira, 9, o jornal Kommersant, com fonte em dados da Polícia Rodoviária russa. A medida surtiu efeito principalmente na quantidade de motoristas embriagados e condutores sem carteira de habilitação, mas não se refletiu de forma significativa nas ocorrências de acidentes automotivos.

A nova versão do código de trânsito da Rússia elevou os valores das multas de 46 tipos de infrações, incluindo por excesso de velocidade, avanço do sinal vermelho, direção sob efeito do álcool e uso indevido do acostamento. O mínimo para uma penalidade no país sofreu reajuste de 500%, passando a custar o equivalente a quase US$ 17.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

CICLISTAS

Faixas para bicicletas melhoram indicadores de trânsito e economia


Bicicletas nas ruas



Os dados de Nova York são animadores e mostram caminhos que podem inspirar cidades brasileiras, dada a semelhança dos desafios enfrentados por nossas metrópoles para transportar milhões de pessoas

Há cerca de sete anos, o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, iniciou uma das medidas mais controversas de seu mandato: a instalação de faixas exclusivas para bicicletas nas principais avenidas de Manhattan. Na época, a luta de interesses foi intensa. Os motoristas ficaram indignados com a retirada de espaço dos automóveis. Os mais de 400 quilômetros de vias para ciclistas foram objeto até de processos judiciais movidos por motoristas que achavam a medida antidemocrática por beneficiar uma minoria: os ciclistas.

Os dados de um estudo publicado pelo Departamento de Trânsito da cidade mostram que a reclamação dos donos de automóveis não procede. Curiosamente, a velocidade dos carros particulares cresceu, mesmo com uma faixa a menos para rodar. Os dados vêm dos aparelhos de GPS instalados nos táxis da cidade. Entre 2008 e 2011 (período utilizado no estudo divulgado em setembro), a velocidade média na área mais movimentada da cidade, ao sul da Rua 60ª, aumentou em 7%. O acréscimo se deu mesmo com um leve aumento no número de carros rodando no local. Eram 756 mil em 2008, enquanto em 2011 somavam cerca de 764 mil.

A mudança não tem como ser creditada diretamente às faixas para bicicletas. O relatório nem tenta fazer essa relação. Mas os números mostram que dar mais espaços para as bicicletas não vai prejudica necessariamente os carros. Embora eu não considere que prejudicar a velocidade dos carros chegue a ser um problema, nos Estados Unidos, a terra da “liberdade individual”, esse tipo de argumento tem apelo.

O estudo é também uma maneira de entender a mudança de opinião dos nova-iorquinos sobre as ciclovias e ciclofaixas. Uma pesquisa realizada em 2012 pelo jornal The New York Times mostrou que 66% dos moradores aprovava as faixas. Em 2013, o número caiu um pouco, para 64%. Embora não haja dados anteriores para comparação, é fato que a polêmica diminuiu.

Outro estudo feito em 2012 pelo Departamento de Transportes mostra outros benefícios que as ciclovias trouxeram para a cidade. Na 8ª Avenida, houve uma diminuição de 35% no número de feridos no trânsito depois da instalação da ciclovia, enquanto na 9ª Avenida esse número chegou a 58%. Na área da Union Square, mais ao sul da ilha de Manhattan, 74% dos usuários afirmaram preferir a nova configuração das vias, que inclui não apenas faixas para bicicletas mas também diversas melhorias para os pedestres. Em um espaço de nove quarteirões da 9ª Avenida houve um aumento de 49% nas vendas em comércios locais, enquanto os dados de todo o bairro mostram um acréscimo de apenas 3%.

A política de incentivo ao uso de bicicleta é considerada tão bem-sucedida pela administração Bloomberg que novas faixas foram anunciadas no Brooklyn. Os dados de Nova York são animadores e mostram caminhos que podem inspirar cidades brasileiras, dada a semelhança dos desafios enfrentados por nossas metrópoles para transportar milhões de pessoas. É certo que em lugar nenhum do Brasil há uma malha de metrô tão extensa como em NY, mas isso não é motivo para não usar outras boas ideias que deram certo por lá.

SEM SEMÁFOROS

Cidade inglesa "aposta" nas pessoas e elimina calçadas e semáforos


Sem semáforos

Após inovação, trânsito na Cidade de Polynton apresentou melhora graças ao bom senso e gentileza dos motoristas

Para fugir da loucura das grandes cidades, com trânsito engarrafado, stress, semáforos“gritando”, o pequeno município de Polynton, nos arredores de Manchester, na Inglaterra, resolveu tomar uma medida inusitada e acabou com os semáforos e as calçadas. Para muitos, seria o prenúncio do caos. Mas para a cidade inglesa com 15 mil habitantes acabou sendo a solução.

Diferentemente do esperado, o trânsito em Polynton melhorou. Antes, porém, foram feitos testes. Afinal, não se pode mudar algo assim da noite para o dia. Para isso, o semáforo de um dos principais cruzamentos da cidade, chamado Fountain Place, foi desligado. No princípio, a insegurança. Ao longo do dia, contudo, notou-se que as pessoas começaram a revezar na ordem de ultrapassagem. O trânsito fluiu. Tudo por conta do bom senso e da gentileza dos motoristas.

Agora, as pessoas não ficam mais paradas em semáforos ou em congestionamentos. Até mesmo a sinalização tradicional pintada no chão das ruas foi eliminada, junto com as calçadas. Cores diferentes indicam onde cada tipo de veículo deve trafegar e as conversões devem ser negociadas, com motoristas prestando atenção uns aos outros.

Com essa nova organização, facilitou-se ainda a vida de deficientes visuais e cadeirantes, uma vez que os motoristas precisam andar em menor velocidade e os pedestres se deparam com menos obstáculos. A empresa responsável pela revolução foi a Hamilton Baillie Associates. No vídeo abaixo, é possível entender como o novo projeto de trânsito funciona de forma harmônica. Será que esse projeto funcionaria na Terra Papagalli?  ASSISTAM O EXEMPLO.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Combustível da morte


Morte ao volante

Combinação perigosa em Goiás ainda é vilã do trânsito. Em 2013, 1.124 pessoas morreram; causa tem a ver com álcool

“Eram cinco da manhã. Eu já havia me divertido o bastante. Ri e chorei. A noite foi incrível, até fiquei com uma garota. Ela preferiu não prolongar a noite, já estava tarde. Como já tinha bebido muito, saí. Fui para casa. Antes de ir embora, peguei mais uma garrafa de cerveja - era a última da noite. Demorei para encontrar a chave, colocada no bolso de trás. Entrei e liguei o carro. Arranquei, coloquei a segunda marcha, puxei o cinto de segurança e o atei. Na verdade eu temia encontrar alguma blitz, já estava bem alto e facilmente perderia o direito de dirigir. Fui pelas ruas, conduzi o mais cauteloso possível. Depois de passar pelo terceiro sinaleiro, notei que o freio-de-mão ainda estava levantado - o baixei. Fui a diante, mas numa rotatória, um motociclista surgiu do nada. Ele me tirou a atenção e eu, que já tinha o reflexo comprometido, acabei tocando no pneu da moto com a frente do carro. Ele caiu e bateu a cabeça no meio-fio. Eu puxei o volante e capotei o veículo. Quebrei a clavícula - ele morreu. Hoje estou no hospital e respondo criminalmente por isso. Me arrependo - era para ter pego um táxi”.

O depoimento que inicia essa reportagem é de L.F.P, 31, condutor desde os 18 anos, que cometeu uma série de crimes de trânsito, antes de matar uma pessoa. Ele esteve internado no início de setembro, num hospital particular de Goiânia. O atendimento inicial foi feito pelo Corpo de Bombeiros Militar de Goiás. O acidente aconteceu no cruzamento da Avenida 2ª Radial com Avenida Circular e o levaram direto para o Pronto Socorro do Hospital de Urgências de Goiânia. O empresário do ramo farmacêutico só soube do falecimento do motociclista após dois dias de internado. O autor do crime de trânsito, hoje sem documentação que o permita dirigir e indiciado criminalmente pelo artigo 121 do Código Penal Brasileiro (homicídio) com dolo - quando há ciência do risco de matar, ao pegar no volante após ingerir bebida alcoólica. O condutor do veículo é somente um dos 2.448 condutores que tiveram a Carteira Nacional de Habilitação suspensa em Goiás, segundo dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-GO).

Responsabilidade

Conforme o presidente interino do Detran-Goiás, coronel Sebastião Vaz, são desempenhadas atividades diariamente para impedir que ações como a de L.F.P. se repitam, mas é um trabalho de ação que já se prolonga e precisa de continuidade. “São ações desenvolvidas pelo Estado de Goiás que têm apresentado ótimos resultados durante o decorrer dos anos”, disse o presidente.

Vaz acrescenta que são atitudes como o Programa Balada Responsável, que dão a notar a queda de acidentes envolvendo álcool e direção. “São 26% a menos de acidentes de trânsito desde a criação do Balada. Sabemos que em 2008 e 2012 as leis ficaram ainda mais rígidas com esse tipo de atitude, mas não podemos deixar que a falta de educação de trânsito seja ainda a responsável pela morte e aleijamento de tantas pessoas em Goiás”, enfatiza.

A delegada especializada em transito de Goiânia, Nilda Andrade, acredita que as atividades desenvolvidas pelo Detran são responsáveis pela queda dos acidentes. Mesmo assim, a titular da delegacia afirma que diariamente acontecem casos com o mesmo perfil. “Recebemos todos os dias na nossa delegacia de polícia pessoas que tiveram seus membros amputados, ou que estão com problemas neurológicos, sempre motivadas por acidentes. Não é de se espantar a quantidade de pessoas que ainda insistem em pegar o volante depois de dirigir. Fazemos prisões, autuações e encaminhamos todos os casos ao Poder Judiciário. Mas mesmo assim notamos que a sensação de impunidade é grande e que eles acabam sendo reincidentes. Não é o fim da batalha. Ela está no começo”, diz.

Trabalho árduo

Ao realizar trabalhos como o Balada Responsável, o Detranzinho, com objetivo de incentivar a educação de trânsito a jovens e crianças em escolas e colégios públicos e privados; o Palestra nas Escolas, que tem objetivo e abordagem semelhante e o Goiás Sinalizado, que chegou a mais de 50 cidades com sinalização - especialmente faixas de pedestres - instaladas.

Mesmo assim as pessoas ainda se negam a aceitar as ações realizadas. Segundo o Coronel Vaz, 5% dos motoristas ainda se negam a soprar o etilômetro, conhecido como bafômetro. “Antes, tínhamos 50% de pessoas que se negavam. Temos um avanço nessa questão e isso mostra que o trabalho é por aí. Estamos no caminho certo e Goiás desfruta dos resultados de um trabalho que tem sido árduo”, comemora.

O jovem e o álcool

Quando jovens pensamos que podemos fazer de tudo e que somos até mesmo invulneráveis.
VEJA SÓ ESTE VÍDEO



domingo, 6 de outubro de 2013

Simulador de direção vai alterar valores da carteira de motorista


Simulador para CNH

Estudos do Detran definirão tarifas para 2014

Uma novidade que tem dividido as opiniões, especialmente de quem está em processo de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do tipo B: segundo resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), a partir de 2014, será obrigatório aos candidatos realizar cinco horas/aula de 30 minutos cada, após as aulas teóricas e antes das práticas na rua, em um simulador de direção veicular, equipamento que apresenta ao novo motorista as mais variadas situações que encontrará no trânsito.

A novidade divide opiniões sobre o custo envolvido – tanto para o aluno, que deve arcar com as aulas a mais, quanto para os proprietários dos Centros de Formação de Condutores (CFCs), que precisarão investir na compra do equipamento, com custo médio de R$ 30 mil, e no aluguel do software utilizado, conforme o Detran RS.

Por meio de nota, o Detran informou que, do valor total do custo da primeira CNH para as categorias A e B, que hoje é de R$ 1.131,07, o Departamento fica com R$ 219,08 (ou 19,36%) para cobrir seus custos e, o restante, fica com os credenciados, que hoje são 274 no Estado. Ainda afirmou que a introdução dos simuladores virá a reduzir proporcionalmente a participação do Detran na equação, pois o acréscimo nos custos para o candidato será destinado aos CFCs.

Para o presidente do Sindicato dos Centros de Habilitação de Condutores de Auto e Moto Escolas do Estado do Rio Grande do Sul (SindiCFC), Edson Luis da Cunha, “toda novidade que visa à qualificação do novo condutor tem nosso apoio, porém, é necessário estipular um valor acessível, uma vez que naturalmente precisamos da clientela.” Ele ainda acrescenta que os CFCs aguardam os estudos do Detran que fixarão as tarifas.